Atos dos Opostos

Mais uma mutação genética - o vírus influenza A h1n1 (gripe suína)

Tudo ia bem (ou mal) de acordo com a posição geo-politica do indivíduo em questão, até que rumores alertavam sobre uma pandemia (epidemia de alcance mundial). Até então, o assunto do dia era a crise financeira e suas devidas repercussões. Haviam os que minimizavam-na, assim como os que a supervalorizavam. Havia o pensamento positivo, o negativo, bem como o questionamento sobre qual a melhor foram de obter algum lucro diante dessa situação, mesmo que ela estivesse passando a milhas de distancia.

Então o assunto do momento fora substituído por outro, que certamente colocava mais temor nas pessoas. Antes se falava de perdas econômicas, agora a situação passou a ficar mais séria, afinal estamos falando de perdas vitais. Uma doença causada por uma mutação inexplicável de um vírus que não escolhe a vítima e que tenha facilidade de propagar-se. Qualquer um pode ser infectado já que seus sintomas são parecidos com o de uma simples gripe. Quem já não teve gripe?

O panico das bolsas agora já se transforma em panico das pessoas comuns: um espirro, uma febre passam a ser motivos de preocupação além da conta, você precisa usar máscaras preventivas, você deve evitar sair de casa, você pode ser enviado para uma quarentena... ou algo pior como ocorreu em 1918, quando uma pandemia de gripe matou milhões de pessoas pelo mundo. Sem falar de outra mutação recente, o vírus H5N1 da gripe aviária.

Tudo, aparentemente começa no México, numa cidade chamada de La Glória, cujas coordenadas geográficas são 28° 36' 0" Norte, 111° 26' 0" Oeste, onde no início de março cerca de duas mil pessoas teriam sido infectadas por uma gripe comum.

Lá teria sido diagnosticado o primeiro caso do que a principio teria sido denominado de gripe porcina, gripe mexicana, gripe norte-americana, influenza norte-americana ou nova gripe, mas que rapidamente passou a ser popularmente chamado de "Gripe Suína", técnicamente falando "influenza A subtipo H1N1". Uma criança de 5 anos, Edgard Hernandez Perez, que atualmente passa bem e que, em sua ingenuidade ou percepção aguçada, dá os créditos de sua "cura" à sua mãe já que ela colocava panos com água gelada em sua cabeça, barriga e pés.

Enquanto suspeitas começam a pipocar em várias partes do mundo, autoridades de saúde locais afirmam que a criança seria uma caso isolado e garantem que o vírus teria vindo de fora.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, até as 3h (horário de Brasília) do dia 05 de maio, estavam confirmados 1.124 casos em 21 países, com 26 mortes, sendo 25 no México e uma nos Estados Unidos.

Os números da OMS indicam que o México, com 590 casos, EUA, com 286, e Canadá, com 140, são os países com mais pessoas afetadas pelo vírus. O índice na Espanha também surpreende, com 54 infectados. Os demais países com casos são: Áustria (1), China (1), Hong Kong (1), Costa Rica (1), Colômbia (1), Dinamarca (1), El Salvador (2), França (4), Alemanha (8), Irlanda (1), Israel (4), Itália (2), Holanda (1), Nova Zelândia (6), Coreia do Sul (1), Portugal (1), Suíça (1) e Reino Unido (18, sendo 2 na Escócia e 16 na Inglaterra).

Enquanto cientistas estudam e analisam informações buscando entender mais sobre essa nova doença, especulações diversas surgem tentando explicar a situação. O que se sabe é que teria havido uma mutação do vírus Influenza, que normalmente afeta apenas os porcos, fazendo com que este vírus possa também, infectar humanos. O que não se sabe é quais foram os fatores que favoreceram a ocorrência desta mutação e com que propósitos, se é que eles existem.

Veja o vídeo abaixo:


Os sintomas da gripe A h1n1 (suína) em humanos são similares àqueles da gripe convencional - febre repentina, tosse, dores musculares e cansaço extremo. Este novo surto, aparentemente, também causa mais diarreia e vômitos que a gripe convencional.
influenza a, h1n1, gripe suinaNão há contaminação pelo consumo de carne ou produtos suínos. Cozinhar a carne de porco a 71 graus Celsius mata o vírus da gripe suína, assim como outros vírus e bactérias.
O diagnóstico da gripe A só pode ser feito precisamente, ao que consta, com exames laboratoriais. Começe a se preocupar se você esteve em locais considerados de risco.
Atualizações
29/06/2009 - O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira que há um total de 625 casos confirmados de infecção pelo vírus Influenza A (H1N1) no Brasil. Até 28 de junho, o Ministério acompanhava 673 casos suspeitos no país. Outros 933 casos foram descartados.

Entre os Estados, São Paulo é o que tem mais casos no país: 308. No RS, são pelo menos 40 casos e a única morte pela doença no Brasil (a vítima foi um caminhoneiro de 29 anos que tinha retornado da Argentina e morreu no Rio Grande do Sul). Em SC, são 46 doentes, conforme o Ministério.
Após a primeira morte por gripe suína no País, o Ministério da Saúde informou que pelo menos 2 mil pessoas morrem ao ano em consequência da gripe sazonal (comum). O índice de pacientes que perdem a vida pela doença é de 0,5%, contra 0,16% da influenza A (H1N1). Ou seja, a gripe comum mata, até então, de fato, muito mais que a nova gripe.
Segundo o Ministério, a estatística tem como base o número de registros de casos da gripe sazonal em 60 unidades sentinelas, espalhadas por todo o país para monitoramento da doença. Os registros ficam 400 mil e 500 mil casos, portanto, entre 2 mil e 2.500 óbitos anuais.
O Ministério da Saúde ainda reiterou que o número não representa uma amostra representativa de todo o País porque a doença não é de notificação compulsória, como dengue, tuberculose e hanseníase.
30/06/2009 - Cientistas que investigam a composição genética do vírus da gripe concluíram que um vazamento acidental em um laboratório de pesquisa pode ter reintroduzido o influenza A (H1N1) na sociedade no final dos anos 70. As informações foram divulgadas pelo jornal inglês The Independent.

Nessa segunda-feira, um executivo do laboratório Roche informou que um paciente infectado pela gripe suína na Dinamarca mostrou resistência ao antiviral Tamiflu. "Este é o primeiro caso que temos disso (resistência) no H1N1", disse David Reddy.
Até o domingo passado, 114 países tinham casos confirmados e divulgados da doença, de acordo com informações dos governos ou da Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo a OMS, além dos Estados Unidos, México, Canadá, Austrália, Chile e Argentina, o Reino Unido também é considerado um país com transmissão sustentada.
16/07/2009 - As vítimas fatais no Brasil somam 12 casos. Em 25/08/2009 já somavam 512.
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02/09/2009
Os países podem pagar entre US$ 2,50 e US$ 20 por uma dose da vacina para a gripe A H1N1, dependendo da capacidade deles para arcar com os custos, informou hoje a chefe de pesquisa de vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS), Marie-Paule Kieny. No caso dos países mais ricos, o custo dela deve ficar na casa dos US$ 20 por dose. Ela também advertiu que não haverá vacinas suficientes para toda a população mundial.
A indústria usará preços escalonados. Portanto, países com alta renda pagarão entre US$ 10 e US$ 20 por dose, enquanto países com renda média pagarão aproximadamente a metade, e os com baixa renda, a metade destes
explicou.

A funcionária disse que os valores eram estimativas, mas aquela seria a ordem de grandeza. A Grã-Bretanha e a França já receberam os primeiros lotes de vacina para a gripe A H1N1 no fim de agosto. Os governos começam a se preparar para uma possível segunda onda da doença, no inverno do Hemisfério Norte. As informações são da Dow Jones.
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Um serviço no Google Maps permite acompanhar, mais ou menos em tempo real, como anda a evolução da gripe suína em todo mundo.
Não ataque os porcos.

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