Free Economy - um mundo sem dinheiro é possível?

Freeconomy é uma sociedade sem dinheiro em que nenhum dinheiro muda e não há dualidade entre dar e receber, aqui eles são vistos como as duas faces da mesma moeda não-monetária. Freeconomy é uma manifestação de confiança, bondade, amor e da comunidade. Dinheiro e crédito são uma manifestação do medo, insegurança e cobiça. Freeconomy é o denominador comum de todas as suas soluções; Dinheiro e crédito são os denominadores comuns de todos os males do mundo. Freeconomies agora são a minoria. Isto não é importante. Em breve eles serão, na sua esmagadora maioria. Cada um de nós é uma semente. O poder regenerativo de uma semente não pode ser subestimada. Uma floresta pode crescer a partir da germinação de uma única semente, da mesma forma, um simples ato de generosidade pode dar vida a uma infinidade de outros.
Um dos militantes deste grupo, Mark Boyle, economista irlandês de 29 anos pretende mostrar que os princípios que regem o capitalismo estão errados e que não é necessário gastar nenhum centavo para se viver com dignidade, e para isso entrou num desafio de viver a partir de hoje e durante pelo menos um ano, em um trailer em Bristol, no oeste da Inglaterra, com um fogão a lenha, um chuveiro com painel solar, uma bicicleta para sua locomoção e um buraco no chão como banheiro.
Em entrevista, o irlandês disse que comer não será um problema, já "que a sociedade joga tanta comida no lixo que basta se aproximar de caçambas de supermercados para se alimentar".
Segundo ele, outra alternativa para se alimentar seria participar de lançamentos de livros e inaugurações de exposições de arte, já que os canapés e bebida são de graça, além de plantar seu próprio alimento. O desafio do economista começa coincidindo com o "Buy Nothing Day" (Dia de Não Comprar Nada), celebrado no mundo todo para chamar a atenção para os excessos da sociedade de consumo em um mundo no qual milhares de pessoas morrem de fome todos os dias. Leia outra afirmação de Boyle:
"As sociedades ocidentais jogam fora um terço da comida que consomem. Se as pessoas produzissem seu próprio alimento, teriam muito mais cuidado. O mesmo acontece com a água, se nós é que tivéssemos que mantê-la limpa, não a sujaríamos". O problema verdadeiro é que esta sociedade nos deixou completamente insensíveis sobre o que representa consumir. Não respeitamos em absoluto a energia gasta nas coisas que compramos, portanto não temos nenhum problema em desprezá-las.
Segundo Boyle, os receios de passar 365 dias sem tocar em uma moeda são os imprevistos: uma doença, uma lesão ou algum problema com sua família, que vive em Donegal, no norte da Irlanda.
O irlandês ficará em contato com os parentes, já que não abrirá mão de seu telefone celular nem de seu computador portátil, embora só vá utilizá-los quando suas baterias, alimentadas por energia solar, permitirem.
Desta vez, o irlandês espera ter mais sucesso que em sua aventura anterior, quando tentou ir a pé e sem dinheiro até a Índia, sem, no entanto, passar de Calais (França), onde as dificuldades para se comunicar com os franceses o fizeram voltar para casa.
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