Atos dos Opostos

Reflexões sobre a expressão: Sifu

Achei... ao menos tinha a ilusória impressão, mesmo que por um breve momento, que o balastraca tinha ares de picuinha, algo que não acrescentava muito no contexto, até por utilizar técnicas pitorescas de comunicação já comprovadamente ultrapassadas na atual conjuntura, motivo pelo qual não se fazia e faz compreender em sua essência e plenitude.

Isso é uma abobrinha. Outro assunto é a constatação de que "abobrinhas" não é exclusividade apenas deste reles blog. Desconhecidos renomados escritores palpiteiros articulistas e articuladores do sofisma da moral e dos bons costumes com amplitude "global", também são chegados numa.


A bola da vez é a expressão "sifu" dita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em pronunciamento nesta quinta (04/12) no Rio de Janeiro onde, no atual contexto de crise internacional, se disse sentir isolado ao demonstrar otimismo com o Brasil.

"Imagine se um de vocês fosse médico e atendesse um paciente doente. O que você falaria para ele? Olha companheiro, você tem um problema, mas a medicina já avançou demais, a ciência já avançou demais, nós vamos dar tal remédio, você vai se recuperar? Ou você diria: Sifu? Vocês diriam isso para um paciente de vocês? Vocês não falariam!"

Claramente Aparentemente, não importa levar em conta a conjuntura quando se fala do mercado, principalmente se a fala atingir o seu lado perverso e suas crises que são causadas pela liberdade excessiva. É difícil, para alguém de bom senso, defender que a liberdade do mercado resolverá os problemas da humanidade. Quando essa liberdade vier nosfu causar problemas e alguém apontar suas falhas uma boa estratégia é fazer o seguinte. "Pegue algo que possa mudar o raciocínio e desviar a atenção para outro lado. Mas esse algo tem que ter um certo peso e o uso da moralidade nessas horas pode ser útil". (Manual dos picaretas, volume 5, página 258).

Há quem já exija retratação pois é inadmissível que um presidente de nação utilize tais termos:
É desejável que tenha sido a última e que ele peça desculpas por isso. Do contrário, recomenda-se que tirem as crianças da sala sempre que Lula aparecer na tv.
O moralismo pode chegar a níveis incríveis, até porque se alguma criança souber o que significa "sifu", certamente não aprendeu com o Lula. Seria mais útil recomendar que as crianças não assistam a televisão, principalmente a de canal aberto, durante 85% do tempo.

Analisando o implícito, percebe-se que, para muitos, a um mandatário da nação é mais plausível, em se tratando de "sifu", que faça o povo "sifu" em vez de falar "sifu", ou seja : fazer o povo sifu é menos ruim do que pronunciar sifu. Entendeu a lógica? Se não entendeu reveja os governos anteriores.

Se por acaso você está "boiando" e não sabe o que significa o termo sifu, leia a explicação da revista Veja:

“SÍFU”, vocês devem saber, é uma forma sincopada da versão vulgar do verbo “copular”, mas numa estranha e improvável forma reflexiva. O “si” vem do “SE”, e o “FU”, da primeira sílaba do sinônimo de “copular”, mas trocando o “O” pelo “U”, entendem? E, na forma reflexiva, aquele sinônimo perde toda a carga positiva. Quem "sífu" está estrepado.
Isso que é categoria na hora de falar um palavrão!

Finalisando, a expressão "sifu" causou mais repercussão do que se o presidente tivesse dito que não tem jeito e que o Brasil vai ir pro buraco de vez.

Veja mais frases do pronunciamento:

josé sarney, lula, fernando collor de mello, politicos, brasil
"Tem horas que me sinto um Dom Quixote. Às vezes me sinto sozinho tentando pregar o otimismo". "Quando o mercado teve a dor de barriga, que foi uma diarréia insuportável, quem é que eles chamaram para salvá-lo? O Estado que eles negaram durante 20 anos. É por isso que o mercado precisa de controle e de regulação".

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