Atos dos Opostos

Inclusão digital - Internet discada faz a primeira vítima no Brasil

O personagem desta história é John Winsley, um jovem norte-americano que aceitou encarar um desafio não muito convencional proposto pelo grupo de intercambio da companhia onde trabalha em Birminghan, Massachussetts. O desafio consistia em realizar as mesmas tarefas que normalmente fazia na sede da empresa, só que na filial brasileira, utilizando apenas a internet discada.

Acostumado a desafios, Winsley possui um currículo repleto de façanhas até então tidas como normais para atletas do mesmo nível. Dentre estas destacamos a travessia em 2006, do deserto do Atacama numa moto 125cc; a descida de rapel, em 2007, na torre Eifel em Paris e a permanência durante 12 horas dentro do lago Michigam, em pleno inverno.
Antes do início do desafio o jovem John fez alguns comentários com os colegas de trabalho:

Well, apesar de ter certa dose de adrenalina em usar uma tecnologia ultrapassada como o acesso dial-up, acredito que poderei realizar as tarefas num tempo bem inferior a 2 horas. O agravante é que a internet discada brasileira não é gratuita como em outros locais. Mas afinal, estamos no terceiro mundo, não é mesmo?

Segundo John, a motivação para aceitar o desafio, além da adrenalina, foi a recompensa de U$ 15.000,00. Por outro lado ele assumiu o risco de perder o emprego e ainda ter que arcar com os custos do provedor de internet gerados durante o tempo da prova.

O objetivo proposto ao jovem John seria acessar 6 sites indicados aleatóriamente, numa lista de 10; baixar 4 emails que lhe foram enviados pela matriz, cada um contendo um anexo em pdf no tamanho médio de 5Mb; responder aos mesmos dando apontando possíveis erros encontrados.

Como medida visando manter a concentração de John foi permitido a presença de apenas cinco pessoas na sala ao lado do local da prova, as quais acompanhavam cada movimento de Winsley através das janelas.

A última imagem do jovem John foi esta, feita por um cinegrafista que fazia imagens da parte externa do prédio.

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Ernest O'connely, um dos amigos de John que acompanhou pessoalmente o teste, afirmou que com o passar do tempo, John começou a suar frio, esfregava muito as mãos, parecia não estar satisfeito com o desenrolar da prova.

Faltavam cerca de 15 minutos para o fim do prazo (de 2 horas), ele colocou as mãos na cabeça e antes que pudéssemos fazer qualquer coisa, saiu correndo e se jogou pela janela. Foi horrível.
Após o incidente, muito abalada emocionalmente, a namorada de John teria dado a seguinte declaração:

Eu e o John tínhamos planos de nos mudarmos para a Europa, ele já havia aceito a proposta de papai para ocupar a vice-presidência em uma de nossas empresas...
A investigação deste episódio ficou a cargo da 5ª DP sob o comando do delegado Dornelles, o qual prometeu concluir o inquérito em 10 dias:

Estamos investigando as circunstâncias que levaram o rapaz a cometer tal atitude. Trabalhamos com várias hipóteses, mas a mais provável indica que ele não suportou a pressão de usar uma conexão discada, sem falar na dívida que ele assumiu contrair caso perdesse. Parece que o rapaz não sabia muito bem onde ele estava se metendo.

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