Mulher Pêra candidata política
Mulher Pêra, então candidata a vereadora pelo PTdoB em São Paulo, apresentou, via twitter, suas já conhecidas propostas de campanha. Ela se define como "guerreira, funkeira, e mulher de marketing, sem a ideia de se vulgarizar”. Sendo assim, uma das promessas da moça, acaso eleita, é mostrar seu “piercing íntimo”.
Vote coraçãozinho |
Sempre gosto de falar de mulher. Elas são figuras importantíssimas na história da humanidade, tanto para perdição, como para a construção de um mundo melhor. Aliás, todo ser humano tem esse potencial tanto para o bem quanto para o mal. Mas não vamos falar do ser humano. Apenas das mulheres. Eva comeu a maldita fruta (que muitos dizem ter sido uma maçã, mas podia muito bem ser uma pêra) e nos condenou a essa desgraceira toda: de bico de papagaio ao tráfico de drogas, tudo é culpa da Eva e da sua burrice ao acreditar numa cobra. Fala sério! Desde que o mundo foi criado as mulheres ficam burras quando vêem uma cobra.
Mas nem todas as mulheres dão ouvidos ao Diabo e algumas são inspiradas por anjos. Para mim a mulher mais politicamente envolvida com o destino de um país foi Joana D´arc. Que mulher! Era só uma camponesa ignorante, que aparentemente perdia tempo fazendo orações numa capelinha. E mudou a história da França. Guerreira no sentido mais completo da palavra, usando armadura, escudo e espada, empunhando uma bandeira que nem o Delfim tinha coragem de empunhar. Um rei fugia da guerra e se vendia ao comodismo e a burocracia contentando-se em ser só uma figura de fundo na história. E uma camponesa jovem e virgem enfrentava a fúria dos inimigos e plantava nos corações franceses um amor à pátria, uma vontade de ser livre, uma coragem de enfrentar seus grilhões... Viam aquela mocinha com toda a sua virtude e sua coragem fazer o que homens treinados e importantes não tinham coragem de fazer. Isso sim é mulher!
Na ditadura se fazia do filme pornô no Brasil, o pilar do cinema nacional. É até uma ironia que na época de maior censura no país, tenha sido o gênero erótico o mais produzido pela indústria cinematográfica, a razão era mostrar que se você não podia escolher seus governantes, não podia nem mesmo ter direito ao pensamento, podia ao menos trepar. Tudo bem que se roube nossa voz e nosso pensamento, mas o direito de trepar ninguém tira.
Hoje vivemos uma época diferente, somos um Estado democrático, nós podemos pensar, nós podemos escolher... E parece que tem gente que acha que ainda temos só liberdade de trepar. Se você faz do seu rabo sua bandeira de luta, se você conceitua a mulher guerreira como sinônimo de bunda, se você acha que a melhor proposta eleitoral que pode oferecer é mostrar um piercing íntimo, de fato não somos livres.
No Brasil, temos uma mulher que o cérebro está no cu. E ela ainda vai ganhar votos! Se o cérebro dela está no cu, onde estará o cérebro de quem vai votar nela? Precisamos de Joanas Dárcs. Chega de Evas que se rendem a cobras e condenam a humanidade a perdição. Precisamos de Mulheres, não de bundas.
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tsi tsi
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